“Ela levou a arte tão a sério quanto se pode levar a sério, subordinou a sua vida a ela”, disse o diretor da Ópera de Viena, Bogdan Roscic, em comunicado.
A cantora lírica nasceu em Berlim, em 16 de março de 1928, filha do tenor Anton Ludwig e da meio-soprano Eugenie Besalla-Ludwig.
Cresceu em Aachen, na Alemanha, onde o pai era administrador de ópera, e, em jovem, viu a mãe cantar com o maestro Herbert Van Karajan.
Estreou-se em 1946 na Ópera de Frankfurt, como Príncipe Orlovsky, em “Die Fledermaus”, de Johann Strauss II, e passou pelo Staatstheater Darmstadt e o Staatsoper Hannover antes da sua estreia em Viena, em 14 de abril de 1955, no papel de Cherubino nas “Bodas de Fígaro”, de Mozart.
Ludwig atuou pela primeira vez na Ópera Metropolitana de Nova Iorque em 10 de dezembro de 1959, como Cherubino, em “As Bodas de Fígaro”, com Erich Leinsdorf a conduzir um elenco que incluía Giorgio Tozzi, Elisabeth Soderstrom, Lucine Amara, Regina Resnik e Teresa Stratas.
“Apesar de a maior parte da sua carreira ter sido centrada na Europa, foi certamente considerada pelo público do ‘Met’ como uma das maiores meio-sopranos da segunda metade do século XX”, escreveu o diretor-geral da sala norte-americana, Peter Gelb.
A meio-soprano, que conseguiu igualmente sucesso em papéis como soprano, colaborou frequentemente com os maestros Karl Bohm e Leonard Bernstein.
Christa Ludwig despediu-se dos palcos em 14 de dezembro de 1994, na Ópera de Viena.
Foi distinguida com a Legião de Honra francesa em 1989.
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