O júri, que analisou mais de 700 obras a concurso, atribuiu, além do prémio Consagração – o principal – também o prémio Revelação, à obra “A Fagulha”, de Pedro Teias, pseudónimo do autor português Pedro Nuno Patada, no valor de 5.000 euros, segundo um comunicado hoje divulgado.
Instituído pelo município de Oeiras, o prémio, que teve o patrocínio do mecenas Carlos Andrade, pretende “promover a importância da poesia e contribuir para o alargamento das literacias, a promoção da leitura e a valorização da própria língua portuguesa no espaço lusófono, privilegiando uma maior proximidade da comunidade”.
Depois de analisadas as obras admitidas a concurso, o júri declarou, por unanimidade, atribuir à obra “Retratos com Erro”, de Eucanaã Ferraz (Brasil) a distinção da Consagração, devido à “alta criatividade e capacidade de ironia da poesia de Eucanaã Ferraz, que consegue também estabelecer um diálogo frutífero com a própria literatura em língua portuguesa”.
Na categoria Revelação, o prémio foi entregue a “A Fagulha”, de Pedro Nuno Correia Santos Patada (Portugal), pelo “valor da subtileza e da contenção, a exploração o quotidiano e a ‘solidão que entre si se visita’, através de versos que falam com elegância os diferentes estados da nossa frágil e fugaz condição humana”.
O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Honrosa na categoria Revelação à obra “A Pressa dos Dias”, do pseudónimo A. de Alencar e cuja identidade corresponde ao autor Sérgio Corrêa Miranda Filho (Brasil).
Referiu o júri, na justificação, que, a “convergência de uma poética da observação, que reflete uma escritura atenta aos detalhes e flagrantes do quotidiano, com um delicado lirismo, abarcados numa linguagem povoada de metáforas e subtilezas estilísticas”.
Nesta primeira edição, participaram 116 obras na categoria Consagração, e 614 na categoria Revelação, de autores oriundos de Países de Língua Oficial Portuguesa, designadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e de São Tomé.
O júri da categoria Consagração foi constituído por Jorge Barreto Xavier (presidente do mesmo, em representação da Câmara Municipal de Oeiras), Patrícia Infante da Câmara (em representação do patrono do prémio) e os escritores Mia Couto, Antonio Carlos Secchin e Fernando Pinto Amaral.
Já o júri da categoria Revelação foi constituído por João Mendes Rosa (presidente do júri, em representação da Câmara Municipal de Oeiras), Patrícia Infante da Câmara (em representação do patrono), e os escritores Kalaf Epalanga, Ronaldo Cagiano e Jorge Reis-Sá.