Obra ‘Lapso’ vence Festival Fuso de Videoarte

Além do Prémio Aquisição Fundação EDP/Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), no valor de 2.500 euros, foi ainda atribuída uma menção honrosa às artistas Helena Inverno, Verónica Castro e Bouchra Ouizguen, pelo vídeo “Transhumance”.

O Prémio Incentivo Ar.Co, resultado da votação do público, foi atribuído a Tânia Dinis pela obra “Passagem”.

“Lapso” é descrito como “o espaço da dúvida e o tempo no qual as fronteiras que separam o interior e o exterior do corpo entram em queda”.

“Um mergulho onírico na realidade deixa-nos furar o corpo e chegar às camadas mais profundas, onde a intimidade e a partilha deixam as vísceras à mostra e as barreiras à superfície”, segundo a sinopse divulgada pelo festival.

Quanto a “Transhumance”, de Helena Inverno, Verónica Castro e Bouchra Ouizguen, que parte de “um sistema de ação transdisciplinar em corpo nómada, junta léxicos, co-habita pesquisas, partilha caminhos – formando um ponto de encontro entre três artistas imersas nas suas práticas correntes, onde confluem dança, som e imagem em movimento”.

“Passagem”, de Tânia Dinis, é um filme-ensaio sobre “o que fica para lá da memória que se perde, uma memória no corpo, talvez”, também na descrição do festival que, cita ainda a artista: “Pensei nisso no dia em que o meu avô me deixou sozinha com a minha avó e percebi que ela já não me conhecia”.

A 13.ª edição do Festival Fuso de Videoarte, que terminou domingo com a revelação dos vencedores da ´open call´, exibiu 44 obras e realizou conversas em torno do tema “Na fronteira”, com entrada gratuita em jardins e claustros de museus da capital.

Este ano, o júri do festival iniciado a 25 de agosto, foi composto por Margarida Chantre, Isabel Nogueira, Irit Batsry, Susana de Sousa Dias e Welket Bungué.

De acordo com a organização, as obras premiadas, assim como todos os restantes vídeos da ´open call´ e programas curatoriais, podem ser vistas a partir de hoje e até domingo, dia 05 de setembro, à meia-noite, no ‘site’ do festival, que regressará em 2022.

O Fuso – Anual de Videoarte Internacional de Lisboa tem vindo a acontecer ao ar livre, em espaços como jardins e claustros de museus e palácios, com entrada gratuita, dirigido a artistas, curadores, público em geral, instituições portuguesas envolvidas na prática artística da videoarte e ainda especialistas e responsáveis por coleções internacionais.

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