Teresinha Landeiro. "Sei quantas vezes as músicas me salvaram"

A segunda semifinal da 57.ª edição do Festival da Canção decorre no próximo sábado, dia 4 de março. No total, são 20 os concorrentes a querer representar Portugal na Eurovisão, em Liverpool.

O Notícias ao Minuto falou com todos os autores em competição e a Teresinha Landeiro não foi exceção.

A cantora, de 26 anos, “tem um currículo notável”, atuando semanalmente na casa Mesa de Frades, em Lisboa. 

Além disso, recorda a RTP, “a jovem fadista e compositora” já pisou outros palcos como o Centro Cultural de Belém e o Capitólio, em Lisboa, e a Casa da Música, no Porto. Atuou ainda em vários festivais cá e lá fora. 

Em 2021, editou o álbum ‘Agora’ e, em 2022, criou no Instagram a rubrica ‘Alguidar de Palavras’, onde convida personalidades a escolher uma palavra e cria um “fado tradicional” com a mesma palavra.

Porque é que quis participar no Festival da Canção?

Para mim é uma honra receber um convite para ser compositora de uma canção. O reconhecimento da minha escrita é muito importante para mim, por isso, fiquei logo muito entusiasmada. Além disso, poder dar voz a uma canção para esta ocasião tão especial, é uma maravilha. 

Já era fã do Festival da Canção? E da Eurovisão?  

Desde pequenina que sou fã do Festival da Canção. Sempre gostei muito de música portuguesa e principalmente, de cantar em Português. Então, em casa, ainda bem pequena divertia-me a fazer versões das canções que ouvi cantadas pela Simone de Oliveira, pelo Paulo de Carvalho, entre outros. 

Qual é para si a melhor música de sempre do Festival da Canção?

‘E Depois do Adeus’, do Paulo de Carvalho.

Que mensagem transmite a música ‘Enquanto é tempo’?

Quero acreditar que transmite esperança. Quase como se as músicas tivessem a capacidade de nos curar e salvar quando temos os corações magoados. Como se tivesse força e poder por nos unir a todos, por mais diferentes e mais distantes. É uma canção que deposita nas canções a esperança que há muito temos vindo a perder. Utópico, bem sei, mas sei quantas vezes as músicas me salvaram, e o quão ecléticas têm a capacidade de ser. 

Consegue levantar um pouco o véu de como será a atuação?

Simples, mas intensa.

Como estão a correr os ensaios? Com que frequência ensaia?

Estão a correr bem. Como canto com muita regularidade, não sinto uma necessidade de enorme de ensaiar. Mas estão a decorrer conforme o previsto. 

De que forma olha para as restantes canções e intérpretes desta edição do Festival? 

É muito bom ver a diversidade conseguida este ano. As canções são todas muito diferentes, os artistas que lhe dão voz, também, e isto é que é a essência deste festival. Fico muito feliz por fazer parte desta panóplia de artistas.

Quais são as suas expetativas face à participação no Festival da Canção? O que seria um bom resultado?

Sigo sem nenhuma meta traçada. Tinha apenas o objetivo de fazer uma música da qual me orgulhasse por muitos anos. E acho que consegui. Imagino que ganhar seja uma sensação maravilhosa, mas acredito que esse não é o espirito, mesmo! É bom poder mostrar o nosso trabalho ao público e poder partilhar música com outros artistas, essa é a real vitória. 

Depois da participação no Festival da Canção, o que se segue? 

Será dar continuidade ao percurso que tenho feito até agora. Há um disco para preparar, concertos para fazer e letras para escrever. 

Que portas é que acha que o Festival da Canção pode abrir para o seu futuro?

Não sei se me abrirá muitas portas, pode ser que sim, e que bom seria. Mas na verdade, gostava de poder levar a minha música a mais umas quantas pessoas, que podem ainda não se ter cruzado com ela. Isso já seria maravilhoso. 

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